Militares enfrentam dificuldades para participar de audiências judiciais durante folga e férias
Policiais militares têm relatado dificuldades quando são convocados para comparecer a audiências judiciais, especialmente nos casos em que a intimação ocorre durante períodos de folga ou férias. Segundo os relatos, a administração de algumas unidades estaria adotando posturas rígidas, dificultando a participação dos militares e restringindo alternativas mais práticas, como a videoconferência.
Uma das principais reclamações diz respeito à negativa da participação remota, a não ser quando expressamente determinada pelo juízo. Enquanto diversas unidades da Polícia Militar de Minas Gerais têm buscado acordos e alternativas para viabilizar a presença dos militares de forma virtual — medida que colabora com a economia de recursos e com a preservação do descanso do profissional — outras seguem firmes na exigência do comparecimento presencial, mesmo em situações que poderiam ser resolvidas remotamente.
Militares apontam ainda a falta de flexibilidade das seções administrativas para intermediar soluções menos desgastantes. O sentimento manifestado por parte da tropa é de que estão sendo tratados com desconfiança ou desvalorização, mesmo quando apenas cumprem determinações legais decorrentes de seu trabalho operacional.
“A impressão que dá é que, ao invés de apoio, enfrentamos obstáculos. Em outros lugares, o link da audiência vem naturalmente. Aqui, parece que há resistência a qualquer tipo de facilidade”, afirmou um dos profissionais.
O modelo adotado em boa parte das unidades da PMMG tem priorizado a modernização e a racionalização dos procedimentos, reconhecendo o esforço dos policiais que atuam na linha de frente. No entanto, ainda há locais onde essa realidade não foi implementada, gerando questionamentos por parte da tropa.