Saiba como ficou o reajuste:
A proposta prevê o reajuste para as categorias com aumento nos subsídios e um remanejamento de vagas. A proposta é de 11,68% para os cargos de Delegado Geral da Polícia Civil (DGPC), Superintendência de Polícia Técnico-Científica (SPTC) e Diretoria Geral de Polícia Penal (DGPP).
Para a Polícia Militar e o Corpo de Bombeiro, o reajuste é de 5,85%, com impacto financeiro a partir de janeiro de 2025. A proposta também inclui o destravamento de vagas para as classes na Delegacia Geral de Polícia Civil, Secretaria de Polícia Técnico Científica e Diretoria-Geral de Polícia Penal, possibilitando as promoções pendentes devido à falta de vagas. Essa abertura de vagas ocorrerá em duas etapas, sendo a primeira a partir de julho deste ano e a segunda a partir de julho de 2026.
Críticas
O presidente do Sindicato dos Policiais Civis do Estado de Goiás (SINPOL), Renato Rick, lembra que as articulações para a reestruturação da carreira dos policiais iniciou há cerca de três anos e que havia um indicativo do governo para a proposta. No entanto, apesar das negociações, o projeto que chegou à Alego não contemplou as demandas da categoria, aponta Rick. “O governador tomou a decisão de fazer um aumento linear das forças de segurança pública e desprezou as questões que a gente trouxe nas discussões que iriam corrigir problemas históricos na nossa carreira”, lamentou.
Rick argumenta que a contraproposta apresentada ao governo era flexível e não traria impacto financeiro para o Estado. “Essa proposta faria a equiparação entre a base da categoria, mas com esse projeto os policiais civis terão os menores salários da segurança pública do Estado e isso gera uma desigualdade e uma falta de isonomia muito grande”, disse.
Entre as propostas rejeitadas pela governadoria estava a abertura da classe especial 1, que segundo o presidente do sindicato não traria impacto financeiro. “É um teto inacessível para os policiais e atenderia pelo menos o quesito de equiparação entre as demais forças do estado, mas isso também foi negado”, conta.
O deputado estadual Delegado Eduardo Prado (PL) criticou a articulação do governo ao pleito dos policiais civis. “Houve uma tentativa de articulação, os policiais foram muito ponderados nas colocações que não geraria nenhum impacto financeiro para o Estado que seria a criação do cargo de classe especial 1, que mexeria nas promoções. É um cargo que existe em outras categorias, mas quem está na polícia civil e aposenta, o cargo deixa de existir”, criticou.
O líder do governo argumenta que as negociações e a aprovação da proposta não significa o fim das articulações e que o governo seguirá aberto ao diálogo com as categorias e representantes de classe.
Leia também:
Decreto de calamidade de Goiânia recebe pedido de vistas na CCJ da Assembleia