Relato grave sobre as escoltas hospitalares nos Presídios
Boa tarde, Renata.
Aproveitando o gancho do seu último post, venho relatar uma situação preocupante que está se tornando rotina em alguns presidios, a prática recorrente das unidades apoiar duas ou mais escoltas hospitalares simultaneamente. Segundo palavras dos diretores, essa será a realidade “daqui para sempre”.
O problema é que, ao concentrar efetivo em escoltas externas, a segurança interna da unidade, dos policiais penais e dos demais servidores fica totalmente em segundo plano, o que configura um ato de extrema irresponsabilidade da nova gestão.
Além disso, há um clima de perseguição e intimidação por parte da CECON, que ao invés de fiscalizar a legalidade das escoltas ou as condições oferecidas aos servidores, parece empenhada apenas em vigiar o comportamento dos policiais penais. Uma inversão completa de prioridades.
Ninguém da SEJUSP parece se importar em verificar as reais condições a que os policiais penais estão submetidos durante essas escoltas:
- Existe local apropriado para descanso?
- Há alimentação adequada?
- Condições mínimas de higiene?
- E a proteção física e psicológica do servidor?
Essas omissões vão minando aos poucos a saúde mental e física dos policiais penais, e, o mais revoltante, é ver que alguns colegas já estão normalizando essa exploração.
Para piorar, ainda há comentários completamente descontextualizados de quem claramente não entende o que está sendo denunciado. Um exemplo: um servidor comentou que "quando trabalhou na Dutra fez escolta na Santa Casa de BH e isso é normal". Não se trata de ser normal ou não, mas sim da falta de estrutura, da sobrecarga e da negligência institucional, que vêm sendo ignoradas.
Minha opinião é clara: se há escolta hospitalar, que a própria unidade a organize com seus servidores, oferecendo compensação em folgas e condições dignas.
Cada unidade deve cuidar da sua escala — e cada cachorro que lamb4 sua cacet4.