ATAQUE DO PCC EM GUAXUPÉ REVELA A VERDADEIRA REALIDADE DA PMMG: UM POLICIAL SOZINHO EM PLENO QUARTEL
Na madrugada do dia 8 de abril, a 79ª Companhia da Polícia Militar, pertencente ao 43º BPM, em Guaxupé — cidade mineira na divisa com o estado de São Paulo — foi covardemente metralhada por cerca de 30 criminosos ligados à facção PCC. O que mais choca nesse episódio não é apenas a ousadia do crime organizado, mas a dura realidade que veio à tona: havia apenas UM policial militar de serviço no quartel no momento do atentado.
Essa cena, que parece retirada de um roteiro de guerra urbana, escancara a gravíssima deficiência de efetivo na Polícia Militar de Minas Gerais. E não se trata de um caso isolado. Essa triste rotina se repete em todo o estado, especialmente no interior, onde quartéis e companhias funcionam com escalas mínimas, muitas vezes com um ou dois militares responsáveis por proteger estruturas inteiras e, por consequência, suas próprias vidas.
Diante da gravidade do atentado, o deputado estadual Sargento Rodrigues aprovou requerimentos na Comissão de Segurança Pública da ALMG, cobrando:
- Relatório urgente das ações adotadas para proteger o quartel e os policiais;
- Escalas de serviço (diurna e noturna) desde janeiro;
- Medidas efetivas tomadas pelo comando da PM para reforçar a segurança dos militares.
A falta de efetivo virou regra, e não exceção.
Policiais sobrecarregados, turnos dobrados, quartéis desprotegidos, cidades abandonadas. A tropa está esgotada, desvalorizada e, como mostrou Guaxupé, vulnerável à ação do crime organizado. Não se pode mais aceitar esse tipo de exposição. A ausência de planejamento estratégico, investimentos concretos e concursos públicos suficientes já colocou a segurança pública em colapso silencioso.
O Estado não pode ignorar esse grito vindo das ruas e dos quartéis. Como bem afirmou o deputado Rodrigues, "a supremacia da força é inegociável" — mas para isso, é preciso ter força real, e não apenas discursos vazios e estratégias improvisadas.
O que aconteceu em Guaxupé foi um alerta. Se nada for feito, será apenas o primeiro de muitos.