A verdadeira casta de privilegiados que ocupa cargo público sem concurso e até mesmo sem competência e MAMA no dinheiro público...
Governo Zema emprega ao menos oito filiados ao Novo ao custo de R$ 2,1 milhões por ano
Cientista político frisa que prática é comum e legal, mas vai contra o que prega partido desde fundação, e governo diz que só efetiva pessoas com comprovação de habilidades e experiência
Por Leonardo Augusto
Publicado em 21 de junho de 2024 | 19
O governo Zema acolheu na gestão estadual ao menos sete candidatos de seu partido derrotados nas eleições de 2022. Eles foram nomeados para cargos que representam despesas anuais com a folha de pagamento de pelo menos R$ 2,1 milhões, levando em conta os salários e 13º. O valor envolve ainda a contratação de um ex-presidente do Novo, que não disputou o pleito. Os salários conhecidos dos correligionários oscilam entre R$ 4.608,28 e R$ 36.606,71.
O governo Zema acolheu na gestão estadual ao menos sete candidatos de seu partido derrotados nas eleições de 2022. Eles foram nomeados para cargos que representam despesas anuais com a folha de pagamento de pelo menos R$ 2,1 milhões, levando em conta os salários e 13º. O valor envolve ainda a contratação de um ex-presidente do Novo, que não disputou o pleito. Os salários conhecidos dos correligionários oscilam entre R$ 4.608,28 e R$ 36.606,71.
O Novo enviou nota afirmando que, quando o partido é consultado, indicações são feitas para que passem por processo de seleção. “Abominamos privilégios, essa não é a prática do Novo. A gestão Romeu Zema é uma gestão responsável com Minas e com os mineiros, fazendo gestão autônoma, sem influência do partido”, afirmou o texto. Cargos
Entre os correligionários de Zema chamados para o governo, está o ex-presidente do Novo em Minas Bernardo Santos, que é secretário de Estado de Comunicação Social. O salário é de R$ 34.656,39, e o ex-dirigente do Novo está no cargo desde junho de 2023. O atual presidente da legenda em Minas, Christopher Laguna, que substituiu Santos, também foi chamado para o governo e ocupa o cargo de assessor executivo da presidência da Copasa. A reportagem, porém, não conseguiu confirmar o salário dele. Por isso, o indicado foi excluído da conta por meio da qual se chegou à despesa de R$ 2,1 milhões com os contratados.
A reportagem questionou o presidente do Novo sobre sua formação. Laguna, porém, solicitou que uma rede social de dados profissionais fosse consultada. Nela, ele diz ser “empreendedor, apaixonado por tecnologia, economia e política”. Questionamentos foram enviados para a Copasa sobre a contratação do presidente do Novo, mas não houve retorno.Assembleia de Minas, foi nomeado em novembro de 2023 para cargo na Diretoria de Simplificação do Ambiente de Negócios da secretaria. O salário não foi informado.
Lucas Gonzales disputou vaga na Câmara dos Deputados e foi nomeado secretário geral adjunto em novembro de 2023, com salário de R$ 36.606,71, onde ficou até o início do mês, quando saiu para disputar a eleição. “Fico muito honrado com o convite e acredito que o Novo segue cumprindo seus princípios e valores com nomes preparados”, disse.o pagamento dele. Um e-mail com questionamentos foi enviado ao diretor, mas não houve retorno.
Estado
Na nota enviada pelo governo, a administração Zema diz também que as nomeações sem concurso público são definidas com base na experiência profissional e capacidade técnica.
“As nomeações também levam em conta a necessidade da estruturação administrativa e a racionalização do uso dos recursos públicos, sempre com foco no desenvolvimento do Estado e no melhor atendimento possível à população”.
Com exceção de Guilherme da Cunha, a reportagem enviou e-mails para os endereços dos servidores e, quando seus contatos não estavam na página do governo, as mensagens foram direcionadas para o setor em que trabalham. Não houve retorno.
Os dados sobre os vencimentos citados, em valores brutos, estão no Portal Transparência do Estado. As informações disponíveis são de abril de 2024. (Com Clari.sse Souza.