quinta-feira, 29 de fevereiro de 2024

 


metropoles.sp

 O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) afirmou nesta quinta-feira (29/2) que quem confrontar a polícia “vai se dar mal”. A declaração foi dada ao ser questionado sobre as denúncias de abvsos e viol3ncia praticadas por policiais militares durante operação na Baixada Santista, no litoral de São Paulo.


“Aí fica esse negócio, e vem… Gente, o combate, infelizmente, é duro. A gente não quer o confronto, mas a polícia está preparada para o confronto. E quem confrontar vai se dar mal”, disse.


A operação da PM no litoral paulista já deixou 38 mort0s em supostos confrontos desde o dia 3 de fevereiro, após a mort3 do soldado das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota) Samuel Wesley Cosmo. Desde então, a ação policial tem sido alvo de uma série de críticas e denúncias. Na última segunda (26/2), diversas entidades entregaram um relatório ao procurador-geral de Justiça, Mario Sarrubbo, com depoimentos que apontam para execvções, tortvra e invasão de domicílio.


Na semana passada, Tarcísio promoveu também uma mudança vista como sem precedentes em meio a uma gestão, com a troca de 34 dos 63 coronéis da PM. Segundo oficiais da reserva e da ativa, a alteração se deu para afastar quem é favorável ao uso de câmeras corporais e contrário à alta letalidade de operações como a da Baixada Santista. Isso privilegiaria pessoas próximas ao secretário da Segurança Pública Guilherme Derrite, que faz parte da ala radical do bolsonarismo.


Antes da declaração, Tarcísio afirmou que a Operação Verão, no litoral paulista, já tem mais de 700 presos e mais de meia tonelada de drog4 apreendida.


Segundo o governador, o alvo da operação é o crime organizado. “A gente está travando um combate contra o cr1me organizado, que tomou espaços do nosso território. Esse combate é duro, esse combate é difícil. É um combate que está sendo orientado por inteligência”, disse.