A bancária Vanessa Paz Lacerda, de 24 anos, presa em flagrante por dirigir embriagada e por chamar um policial militar de ‘negro fedorento’, vai responder pelo crime em liberdade. A decisão foi tomada pela juíza Juliana Miranda Pagano durante audiência de custódia realizada na manhã desta terça-feira (20) em Belo Horizonte.
Na decisão, a magistrada destacou o fato de a bancária ser ré primária, ter moradia fixa e emprego formal.
“Sendo a autuada primária, com residência fixa e ocupação lícita, emprego formal no Banco Itaú, pelo o que entendo ser possível a concessão de liberdade provisória a autuada, mediante a fixação de medidas cautelares diversas da prisão”, destaca trecho da decisão.
Entenda
Vanessa foi presa na manhã do último domingo (18) após ser flagrada pilotando uma motocicleta bêbada e sem capacete na Praça do Cardoso, no Aglomerado da Serra, na região Centro Sul de Belo Horizonte. A suspeita ainda fez xingamentos racistas contra os militares.
A Polícia Militar (PM) foi acionada às 6h43 com a denúncia de que a suspeita estava pilotando uma moto sem capacete no entorno da Praça do Cardoso. Os militares abordaram a suspeita, que apresentava sinais de embriaguez, como andar cambaleante, fala desconexa, agressividade, olhos vermelhos e hálito etílico.
Segundo a ocorrência, os policiais tentaram conversar com Vanessa, que ignorava os agentes e apenas os xingava. A mulher disse que era parente de policial e “iria na corregedoria acabar com a vida dos PMs que abordaram ela”. Após as ameaças, a suspeita foi detida e levada para a companhia de polícia.
Ao chegar no local, os militares perguntaram se ela queria fazer o teste do bafômetro. Neste momento, ela xingou um dos soldados, dizendo: “seu filho da p***, seu negro fedorento, tenho dó dessa farda que você carrega”. Os xingamentos da suspeita foram filmados por um dos policiais.
A mulher disse que queria fazer o bafômetro, mas depois voltou atrás e desistiu. Em depoimento inicial com um delegado da Polícia Civil, ela confessou que bebeu e xingou os militares. O delegado ratificou a prisão pelos crimes de trânsito e por racismo, que é crime inafiançável.
* informações de Célio Ribeiro e Renato Rios