A crise na segurança pública em Minas chegou ao limite.
Enquanto o governador Romeu Zema tenta ocupar as redes sociais com discursos de “combate à criminalidade”, quem está na linha de frente policiais civis, militares, penais e bombeiros denuncia um cenário bem diferente daquele que aparece nos vídeos oficiais.
Salários defasados.
Efetivo insuficiente.
Estruturas sucateadas.
Equipamentos ultrapassados.
Unidades superlotadas.
E uma categoria inteira dizendo que está fazendo “mais com menos”.
As forças de segurança de Minas se uniram para denunciar aquilo que consideram o maior abandono da área em muitos anos. E o recado é direto: não dá para falar em segurança pública forte quando falta o básico para quem arrisca a própria vida todos os dias.
Lideranças da Polícia Civil afirmam que os salários estão entre os piores do país e que a corporação trabalha com viaturas sem rádio, computadores de mais de 16 anos e zero investimento em tecnologia justamente na polícia responsável por investigar o crime organizado.
A PM e o Corpo de Bombeiros alertam para o déficit de efetivo e a urgência de recomposição salarial e modernização da estrutura. Já a Polícia Penal cobra autonomia, direitos básicos e um reajuste de 44% diante de perdas acumuladas.
O clima é de revolta e o desgaste começa a respingar no jogo eleitoral de 2026.
Zema apresenta indicadores positivos nas redes, mas sindicatos acusam o governo de maquiar estatísticas e esconder a realidade que os profissionais vivem no dia a dia.
No centro dessa disputa está uma pergunta que ecoa entre milhares de servidores:
como defender a segurança de Minas se o próprio Estado não garante segurança a quem protege a população?
A pressão só aumenta e promete se tornar um dos maiores desafios políticos do governador nos próximos meses.
https://brasilnocentro.com.br/policias-se-unem-contra-zema-e-denunciam-sucateamento-em-minas/
