Minha 🫡 ao BPTRAN
Ocorrência em BH Gera Polêmica Entre PM e Deputado Estadual
Na tarde do feriado de 1º de maio, em Belo Horizonte, uma ocorrência atendida pelo Batalhão de Polícia de Trânsito (BPTran) gerou repercussão e acusações contra policiais militares. Segundo os jornais Plox e Estado de Minas, a analista de sistemas Paula Pastor, que também é assessora parlamentar do deputado estadual Ricardo Campos (PT), se envolveu em um acidente de trânsito e teve seu veículo rebocado, mesmo após tentar quitar débitos no local da abordagem.
Segundo o relato da própria Paula, ela foi vítima de uma colisão causada por outro motorista. Durante a abordagem da PM, os agentes constataram que seu veículo estava com o licenciamento atrasado desde 2022 e possuía multas pendentes. Ela tentou regularizar a situação imediatamente, acessando o sistema do Detran e agendando o pagamento dos débitos. Alegou que, com base na Lei Estadual nº 25.070/2024, sancionada em dezembro, ela teria o direito de quitar os débitos eletronicamente para evitar o reboque.
O deputado Ricardo Campos, autor da referida lei, compareceu ao local e também tentou interceder em favor da assessora, alegando que os policiais estavam desrespeitando a legislação estadual. Ainda segundo os jornais, Paula afirmou que a conduta dos policiais foi “intimidadora” e Paula avalia que o episódio revela um problema maior, que vai além do seu caso pessoal. Para ela, a situação escancara um desrespeito sistemático à norma, refletindo o que o próprio deputado Ricardo Campos, autor da norma, vem denunciando como 'máfia do reboque', um esquema recorrente de remoção indevida de veículos
Entretanto, testemunhas informaram ao blog que os policiais militares agiram com extrema cordialidade. “Eles foram tão cordiais com a Paula que, mesmo sem obrigação, entraram no site para ela, ensinaram como acessar, mostraram todos os caminhos de como fazer para ver a infração. Foram super cordiais, ficaram lá mais de duas horas só tentando ajudar ela”, relatou uma fonte próxima da situação.
Além disso, especialista alerta que há um equívoco na interpretação da lei. O Capitão Hudson, da reserva da PMMG e especialista em Gestão de Trânsito, esclareceu:
“O pagamento de multas e IPVA é apenas uma etapa necessária para o licenciamento, mas não substitui a emissão efetiva do licenciamento atualizado, o que não ocorre de forma instantânea em Minas Gerais. Especialmente em feriados, o sistema do Detran-MG não processa imediatamente os dados, e a regularização do veículo não se consolida no momento da abordagem.”
A Polícia Militar seguiu os protocolos previstos no Código de Trânsito Brasileiro e nas normas estaduais, que exigem a apresentação do licenciamento válido — um documento que só é emitido após o processamento completo dos pagamentos e tributos pelo sistema do Detran.
O Blog fez contato com o Coronel Santiago, porta-voz da PMMG, para obter uma manifestação oficial sobre o caso, mas até o fechamento desta matéria não houve retorno.
O fato foi registrado no REDS nº 2025-020051808-001.