Após longo impasse, a oposição e a base do governo Zema na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) entraram em acordo e devem votar, nesta quinta-feira (6), o reajuste salarial de 12% para educação e a adesão ao Programa de Acompanhamento e Transparência Fiscal (PAF III).

Parlamentares da oposição e da base explicaram à reportagem que, na sessão plenária marcada para às 10h desta quinta-feira, o reajuste aos professores, bem como a emenda que garante o mesmo reajuste aos servidores da segurança pública serão votados. Depois, na sessão das 14h, o PL para o PAF, que é pré-requisito para o RRF e poupa o Estado de pagar de imediato parcela bilionária da dívida com a União, será apreciado em plenário. 

Segundo o deputado da oposição Professor Cleiton (PV), não haverá obstrução durante a votação da matéria, no entanto, os 17 parlamentares contrários à Zema votarão contra a proposta.

O líder do bloco da base, deputado Cássio Soares (PSD), confirmou o acordo à reportagem. “Votaremos as duas matérias em sessões separadas”.

A oposição, desde o começo, pedia que a pauta fosse  invertida, ou seja, a recomposição aos professores fosse votada primeiro, para, depois, os parlamentares votarem o PAF. Os deputados contrários apontam falta de transparência do governo sobre a matéria, que é pré-requisito para a adesão ao Regime de Recuperação Fiscal (RRF), medida que encontra resistência na oposição. 

Já o governo argumenta que, sem a aprovação do PAF, o reajuste aos professores fica inviabilizado. Com a não aprovação da matéria na semana passada, o governo perdeu o prazo estipulado pela União, na última sexta-feira (30/6), para aderir ao programa e teria que desembolsar R$ 15 bilhões da dívida - valor informado pelo governo.