"Somos parte daquele grupo de militares que carregam no peito a marca de uma injustiça que começou lá em 1998. Fomos arrancados do curso sem explicação digna, deixados para trás, enquanto víamos nossos sonhos congelados e nossas famílias enfrentando dificuldades que ninguém nunca vai entender por completo. Foram anos duros, de 1998 a 2002, em que lutamos não apenas pela farda, mas pela dignidade.
Hoje, depois de tanto tempo, a Justiça finalmente reconhece aquilo que sempre foi nosso por direito: o tempo de serviço que nos foi tirado. Uma vitória que chega tarde, mas chega. E dói saber que muitos irmãos de farda que viveram a mesma dor não estão mais aqui para ver esse momento.
Que todos saibam: o Estado falha, e falha feio. Mas nossa fé e nossa perseverança não falharam.
Existe um ditado que diz: Deus tarda mas não falha. Eu aprendi que Ele nunca falha e também não tarda. Ele age na hora certa".
