As unidades do CME – Comando de Missões Especiais são exemplo vivo de respeito, lealdade e irmandade militar. Sempre que um veterano parte, os guerreiros do Choque, Canil, Cavalaria, Bope, Rotam e demais batalhões especializados fazem questão de prestar as últimas homenagens com a grandeza que a farda camuflada representa.
São eles que mobilizam viaturas, comunicam os antigos companheiros e garantem que nenhum irmão de farda seja esquecido. Essa atitude vai muito além do dever — é um gesto de honra, tradição e reconhecimento àqueles que dedicaram a vida ao serviço e à segurança do povo mineiro.
Antigamente, dizia-se que havia diferença entre os “camuflados”, os “boinas marrons”, os “homi” e os “comuns”. Mas o tempo mostrou que o que realmente distingue os homens e mulheres do CME é a união, a disciplina e o respeito profundo pelos veteranos.
Entre eles, não existe esquecimento. Existe história, lealdade e laço eterno de tropa. Cada guerreiro que serviu permanece vivo na memória e no coração dos que continuam na missão.
Mais do que homenagens, o CME mantém gestos concretos de fraternidade: visitam veteranos doentes ou acamados, realizam encontros de confraternização e fazem questão de manter viva a memória, a amizade e o espírito de corpo. Poucos têm essa dedicação.
As redes sociais refletem esse vínculo verdadeiro — como se vê no batalhão ROTAM, onde o respeito e a satisfação em rever os veteranos são evidentes. Ontem, no velório e sepultamento do Tenente Torres, o “Cabeção”, ficou claro o que é ser CME: dezenas, talvez centenas de policiais da ativa e da reserva, viaturas e companheiros reunidos para o último adeus a um verdadeiro guerreiro. Uma despedida à altura de quem honrou a farda e jamais será esquecido.
Minha eterna continência 🫡
Renata Araújo Pimenta