A dívida total de Minas Gerais se aproxima de R$ 200 bilhões. De acordo com o Boletim Estadual da Dívida, publicado mensalmente pela Secretaria de Estado da Fazenda (SEF-MG), em agosto, o estado registrou um débito de R$ 196,16 bilhões. Desse total, R$ 172 bilhões são valores devidos à União, que o governo do estado tenta renegociar por meio do Programa de Pleno Pagamento das Dívidas dos Estados (Propag), representando 87,69% de tudo que Minas Gerais deve atualmente. De dezembro de 2019 até agosto deste ano, a dívida total do estado cresceu 59% e os débitos com a União, 83%. Em dezembro de 2019, a dívida total era de R$ 123,36 bilhões, sendo R$ 93,96 bilhões referentes à União. O boletim também informa que desde julho de 2022, quando o governo de Romeu Zema voltou a quitar os débitos, já foram pagos R$ 11,14 bilhões. Os pagamentos foram suspensos em 2018, durante o governo Fernando Pimentel, e retomados em 2022. Além das dívidas com a União, Minas possui débitos com bancos internacionais, Banco do Brasil, Instituto de Previdência dos Servidores Militares (IPSM), Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e depósitos judiciais. Os valores exatos não foram divulgados, apenas os percentuais em relação à dívida total. No último dia 1º, o estado pagou a décima segunda parcela da dívida com a União, no valor de R$ 426,6 milhões, que constará no boletim de setembro. Atualmente, o pagamento segue as regras do Regime de Recuperação Fiscal (RRF), mas o governo busca migrar para o Propag, com condições mais favoráveis. Somente em 2025, já foram pagos R$ 3,71 bilhões ao Tesouro Nacional. Desde janeiro de 2019, considerando a parcela de setembro, o governo de Zema já quitou R$ 11,57 bilhões à União. Raio X da dívida de Minas Gerais: Dívida total: R$ 196,159,50 bilhões; Dívida com a União: R$ 172,005,38 bilhões. Percentual do Estoque da Dívida por credor: União: 87,69%; Banco do Brasil: 3,03%; Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento (Bird): 3,03%; Depósitos judiciais: 2,43%; Credit Suisse: 1,05%; INSS: 0,59%; BNDES: 0,54%; IPSM: 0,56%; Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD): 0,48%; Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID): 0,30%; Outros: 0,28%. Fonte: Secretaria de Estado da Fazenda de Minas Gerais (SEF-MG)
