sábado, 28 de junho de 2025


Prefeitos ameaçam romper convênios e abrem crise com o governo de Minas

Chefes do Executivo municipal podem, ainda, parar de custear combustíveis de viaturas, que seria obrigação do Estado
Vinte e quatro municípios compõem a Ameg, que possui sede em Passos. Foto: Divulgação/Ameg

Prefeitos do Sudoeste de Minas Gerais ameaçam romper convênios e suspender o pagamento de contrapartidas financeiras que seriam de responsabilidade do Executivo estadual caso o governo Zema não apresente respostas concretas a demandas históricas da região, especialmente na área de infraestrutura viária. A medida foi discutida na Assembleia Geral Ordinária da Associação dos Municípios da Microrregião do Médio Rio Grande (Ameg), realizada nessa quinta-feira (26), em Passos.

A expectativa da Associação é de que o diretor-geral do Departamento de Edificações e Estradas de Rodagem de Minas Gerais (DER-MG), Rodrigo Tavares, participe da próxima reunião ordinária da entidade para apresentar propostas.

”Só em Paraíso, são mais de R$ 300 mil pagos com recursos próprios para cobrir obrigações que são legais e constitucionais do governo estadual. Quando buscamos soluções para problemas simples, esbarramos em uma burocracia excessivamente violenta”, critica o presidente da Ameg e prefeito de São Sebastião do Paraíso, Marcelo Morais (PSD).

O montante, conforme ele explica, é gasto para custear serviços e equipamentos que deveriam ser pagas pelo estado. Como exemplo, o prefeito cita combustíveis de viaturas da Polícia Militar, da Polícia Militar Ambiental e da Polícia Civil, bem como salários de servidores municipais cedidos ao Executivo estadual.

“A obrigação de arcar com a segurança é do estado, mas, se a prefeitura não abastecer as viaturas, por exemplo, elas não rodam, porque o governo do Estado não paga”, critica Morais.

O que pedem os prefeitos

Prefeito de São Tomás de Aquino desde 2021, Daniel Ferreira da Silva (PSD) afirma que cobra melhorias em trecho da rodovia Prefeito Jorge Abraão. Sem resposta, ele pretende intervir por conta própria para amenizar o problema viário.

“Os pequenos municípios estão abandonados”, acusa.

Em Alpinópolis, a situação se repete. O prefeito Rafael Freire (PSB) critica a ausência de ações efetivas do DER em trecho que liga o município à MG-050.

“Desde 2017 peço providências. É inadmissível que o governo estadual não instale nem sinalização. Vidas estão sendo ceifadas por omissão”.

Para o prefeito de Córrego Fundo (PSD), Danilo Oliveira Campos, o principal gargalo é o trevo da cidade, onde são registrados graves acidentes. Também criticaram a falta de atenção do governo do Estado à infraestrutura rodoviária da região o prefeito de Fortaleza de Minas, Marcinho (PDT), e o vice-prefeito Flávio Rossato (Podemos ), de Cássia.

O governo estadual foi acionado, mas, até o fechamento da matéria não havia retornado à reportagem. O espaço segue aberto.

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