domingo, 7 de janeiro de 2024

Amagis se solidariza com PMMG e família de policial e esclarece comentários equivocados quanto à decisão judicial

 

Amagis se solidariza com PMMG e família de policial e esclarece comentários equivocados quanto à decisão judicial
07/01/2024 09h30 - Atualizado em 07/01/2024 09h52

A Associação dos Magistrados Mineiros (Amagis) vem se solidarizar com todos os Policiais Militares e com a família do Sargento Dias face a descomunal agressão que sofreu de um preso em saída temporária quando no exercício da sua função.

Esclarece face a comentários dissociados da realidade o seguinte: a) o acusado estava no regime semiaberto; b) o acusado tinha direito a sair diariamente para o trabalho desde novembro de 2023; c) não havia falta grave anotada em seu atestado carcerário, sendo que a acusação de furto noticiada resultou na perda do livramento condicional em meados do ano passado, porém o Ministério Público não deu inicio à ação penal resultando no relaxamento da prisão provisória. Todas as decisões mencionadas foram proferidas de modo técnico, conforme farto entendimento do TJMG e do STJ.

Esclarece, ainda, que a Lei autoriza as saídas temporárias, até cinco vezes por ano, por até sete dias cada uma, e o calendário do sentenciado foi apresentado pela direção do presídio.

O Juiz de Execução Penal não julga novamente o que levou à condenação dos sentenciados, ele acompanha o cumprimento da reprimenda buscando a reinserção do indivíduo conforme as penas já estabelecidas.

É lamentável vincular a tragédia experimentada pelo corajoso Sargento Dias ao Juízo que concedeu benefício previsto na Lei. Afinal, o ocorrido reflete a sociedade em que atualmente vivemos, cada vez mais violenta, armada e intolerante, recheada de ataques inexplicáveis por trás das redes sociais, não enfrentando os verdadeiros motivos da violência urbana, fruto da desigualdade social, falta de oportunidades de trabalho lícito aos egressos do sistema prisional, além da falta de perspectiva de futuro para inúmeras pessoas.

Belo Horizonte, 7 de janeiro de 2024

Juiz Luiz Carlos Rezende e Santos
Presidente da Amagis

jornalhojeemdia
 

DEFESA - A Associação dos Magistrados de Minas Gerais (Amagis) divulgou uma nota neste domingo (7), afirmando que é “lamentável” vincular o ataque a tiros contra o sargento da Polícia Militar (PM), Roger Dias, de 29 anos, na última sexta-feira (5), no bairro Novo Aarão Reis, região Norte de Belo Horizonte, à decisão judicial que permitiu a saída temporária do criminoso.

Na avaliação da entidade, os comentários de parte da população estão “dissociados da realidade”. A nota é assinada pelo presidente da associação, juiz Luiz Carlos Rezende e Santos.

No comunicado, a Amagis afirma que o acusado estava em regime semiaberto; tinha direito a sair diariamente para o trabalho desde novembro de 2023 e não tinha falta grave no histórico carcerário.

A entidade esclareceu que a legislação brasileira autoriza as saídas temporárias do sistema prisional até cinco vezes por ano, por até sete dias cada uma, e que o calendário do criminoso foi apresentado pela direção do presídio

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