quinta-feira, 28 de dezembro de 2023

PM abre ação de expulsão contra soldado por sumiço de orquídea de batalhão em SP

 

PM abre ação de expulsão contra soldado por sumiço de orquídea de batalhão em SP

Defesa de Paulo Rogério Coutinho nega suposto desvio e afirma que ele é perseguido por ter tatuagens

 Polícia Militar de São Paulo (PM-SP) abriu um processo contra o soldado Paulo Rogério da Costa Coutinho por suspeita de peculato pela falta de uma orquídea no jardim do quartel em que trabalha, na zona norte da capital paulista.

A ação do conselho de disciplina instituído pelo Comando de Policiamento da Capital pode resultar na expulsão do policial, que está há 18 anos na corporação.

O advogado do soldado, Thiago de Oliveira Lacerda, afirmou que ele não realizou o furto. De acordo com ele, Coutinho “fazia a manutenção do quartel e apenas mudou a planta de local”.

Para a corporação, o sumiço momentâneo da flor pode ser considerado como uma transgressão disciplinar de natureza grave, caracterizada como desonrosa e ofensiva ao decoro profissional e atentatória ao Estado.

O crime de peculato corresponde a um ato de apropriação ou desvio por funcionário público de dinheiro ou bem público ou particular que tenha posse devido ao cargo.

Sumiço da orquídea e acusação ao policial
O suposto furto da flor teria ocorrido na tarde de 23 de fevereiro de 2022 durante o serviço de manutenção das instalações do 9º Batalhão de Polícia Militar Metropolitano, na região do Carandiru.

De acordo com o Inquérito Policial Militar, Coutinho subtraiu uma orquídea do jardim do batalhão e a escondeu no alojamento de soldados e cabos para que não fosse localizada.

Em seguida, o policial teria retirado a flor do dormitório para o refeitório, onde a planta foi encontrada por um sargento atrás de um extintor de incêndio.

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A orquídea sumiu do jardim em fevereiro de 2022 e encontrada escondida no refeitório no batalhão. Segundo o inquérito, a ação do furto foi flagrada por câmeras de monitoramento | Foto: Reprodução/Wikimedia Commons
Segundo o inquérito, a ação foi flagrada por câmeras de monitoramento. A falta da orquídea no jardim foi notada pelo tenente-coronel Carlos Eduardo Banhos Ignácio, comandante do batalhão na época, e por uma capitã que o acompanhava na ocasião.

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Tatuagem
Coutinho é conhecido nas redes sociais. Em sua página no Instagram, que conta com mais de 50 mil seguidores, ele apresenta sua rotina de trabalho.

Para Lacerda, o policial sofre perseguição e preconceito por ter tatuagens no rosto.

Ele afirmou que ele desempenha normalmente o serviço policial, “mas fala-se nos corredores da Polícia Militar do Estado de São Paulo que é questão de honra o expulsarem da corporação”.

“O estado gastará mais de R$ 50 mil em um processo administrativo, em que a Justiça Militar já declarou não existir nada”, disse o advogado.

Em nota, o tenente-coronel Marcelo de Souza Gonçalves, chefe do Estado-Maior do Comando de Policiamento da Capital, ressaltou que o soldado responde a dois processos disciplinares – por peculato e abandono de posto.

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Fonte : Revista Oeste

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