quinta-feira, 24 de agosto de 2023

 


Os pais conversaram com parentes e a esposa de um primo de Valdi se ofereceu. Na primeira tentativa, eles conseguiram produzir dois embriões, mas, depois de implantados, ambos não vingaram. Foi um baque na vida do casal.

“Foi um gasto físico, emocional, financeiro. Eu me vi perdido, pensando 'e agora?'. Não sou de chorar, mas chorei muito, e minha irmã viu. Aí ela disse: 'agora eu que vou ser a barriga solidária de vocês'. Começamos tudo de novo, trabalhar para juntar dinheiro e reiniciar o processo”, declarou.

Na segunda tentativa, foram produzidos sete embriões. Quatro foram utilizados e um deles vingou. Era Sofia.

“Guardamos segredo até a 10ª semana, porque os três primeiros meses são os mais críticos. Aí decidimos nos casar. Na cerimônia, minha irmã entrou e revelamos ao pessoal. Foi aquela emoção”, afirmou.

Rafael contou que a decisão de usar o esperma de Valdi e não o dele foi natural, porque o PM sempre quis ter um filho biológico. Porém, segundo ele, a tia que gerou Sofia sofreu preconceito.

"A barriga solidária ainda é algo não muito comum nos nossos círculos. Algumas pessoas pensavam que eu tinha transado com ela, outras diziam que ela não ia conseguir dar a criança, que ela e Sofia iriam chorar quando se vissem. Ela ouviu coisas horríveis, mas hoje é tudo normal. É tia como as outras tias, e conta que, quando estava grávida, não teve nenhum conflito. Ela sabia que era a sobrinha dela ali", lembrou.



https://g1.globo.com/pe/pernambuco/noticia/2023/08/24/sargento-gay-da-pm-consegue-licenca-paternidade-inedita-de-6-meses-para-cuidar-de-filha-mostrei-que-minha-familia-existe.ghtml

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