domingo, 21 de abril de 2024

 


A ideia do projeto, de autoria da deputada Betariz Cerqueira (PT), e apresentado em fevereiro de 2022, é tornar o vale-alimentação universal. Na justificativa do projeto, a deputada fala também sobre a manutenção do benefício em caso de afastamento legal do trabalhador.

"Assim, faz-se necessário que a legislação seja alterada, de modo que o Estado seja autorizado a conceder para todos os servidores públicos o direito à percepção do vale-alimentação ou vale-refeição, independente da jornada de trabalho, da remuneração percebida ou do local de trabalho, bem como, para que o benefício seja mantido em caso de afastamento legal do trabalhador", afirma a deputada.

De autoria do deputado Eduardo Azevedo (PL), um projeto de lei semelhante foi anexado ao projeto da deputada Beatriz Cerqueira, este ano. Azevedo cita o exemplo da polícia penal, que não tem direito ao benefício por se alimentarem da mesma comida servida aos presos. Ele também considera a universalização da distribuição do vale-alimentação fundamental para o bem-estar dos servidores.

"Este projeto visa trazer ao debate no legislativo e suscitar no executivo a importância de garantirmos aos servidores públicos condições dignas. E isso passa pela concessão justa de um vale-alimentação. Também pretendemos estabelecer isonomia entre os servidores. Atualmente alguns servidores têm direito e outros não. Isso cria um sentimento de tratamento desigual e injusto. Na polícia penal, por exemplo, os policiais não recebem este benefício porque têm alimentação nos presídios. Ocorre que são obrigados a comerem a mesma alimentação dos presos, comumente de baixa qualidade. Nossa proposta é que, ao invés de custear essa alimentação no presídio aos policiais por empresas de atividade muito questionável, o Estado lhes pague o valor em pecúnia, oportunizando a cada servidor se alimentar da maneira como achar mais conveniente", ressalta Azevedo.

Cerqueira complementa afirmando que a extensão do benefício a todos os servidores do estado é importante porque é um complemento real do salário de pessoas que ganham, segundo ela, valores abaixo do salário mínimo.

"O direito a auxílio, alimentação, assim como auxílio transporte, é um direito fundamental para garantir condições de trabalho aos servidores do Estado. Nós vivemos uma situação grave, em que o Estado pratica, por exemplo, salários inferiores ao salário mínimo, hoje nós temos aí mais de 40 mil trabalhadores só da educação que vivem essa realidade, então o auxílio à alimentação contribui para a segurança alimentar do trabalhador e contribui também para melhoria das suas condições de trabalho", finaliza Cerqueira.

Novo concurso da Polícia Civil de Minas Gerais

  Novo concurso da Polícia Civil de Minas Gerais  Certame prevê mais de cem oportunidades para todo o estado mineiro Por  Fernanda Castilho ...