Podem falar oq for, mas são corajosos
EM MINAS - Policiais civis adotam operação de ‘estrita legalidade’ e cobram melhores condições de trabalho
Categoria realizou manifestação nesta terça-feira (28/10); novo encontro será agendado para debater paralisação
Os policiais civis de Minas Gerais aprovaram, em assembleia nesta terça-feira (28/10), a “estrita legalidade”, em que os agentes farão apenas o que está previsto em lei. Inicialmente, os servidores também votariam uma possível paralisação das atividades, entretanto, um novo encontro, ainda sem data definida, será convocado pelo Sindicato dos Servidores da Polícia Civil (Sindpol/MG) para deliberação. A categoria realizou uma manifestação nesta terça em frente à Assembleia Legislativa de Minas Gerais, em Belo Horizonte.Conforme o presidente do Sindpol/MG, Wemerson Oliveira, a categoria vem sendo “sucateada” em diferentes níveis, citando, como exemplo, a falta de itens básicos para o funcionamento das delegacias.
“Tem delegacias que faltam bebedouros, falta água para os policiais e para os demais usuários, falta material básico, papel higiênico dentro das delegacias. Então, os policiais sempre deram um jeitinho para comprar isso do próprio bolso. Por isso, a gente orienta a estrita legalidade, que eles não façam o que é função do estado. Que o estado cumpra, que o estado dê dinheiro, dê condições para o policial civil trabalhar, porque ele já está deixando o policial com salário defasado”, explica Oliveira.
O motivo da manifestação foi, entre as principais demandas, a questão salarial e o déficit de efetivo, em especial, para os cargos de investigadores e escrivães, entre outros administrativos.Nós precisamos que, além da recomposição das perdas inflacionárias, que já está beirando 50%, que dê condições mínimas dos policiais civis trabalharem”, afirma o presidente do Sindpol. “Um policial civil que investiga organizações criminosas como Comando Vermelho e PCC não pode ter um salário líquido de menos de R$ 4 mil por mês, porque ele precisa de morar num lugar seguro, ele precisa de colocar os filhos para estudarem numa escola segura e nós não podemos aceitar isso”, complementa.
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