quinta-feira, 14 de agosto de 2025

 


*Bandido, criminoso, pistoleiros, não tinham vez!*

*Leis eram severas! Se o vagabundo aprontava, tinha a pronta resposta!* 😵💀

*Era uma tarde abafada de novembro de 1950. O pequeno aeroporto do bairro Lourdes, em Governador Valadares, estava coberto de poeira, como de costume. Mas, naquele dia, não era um voo comum que pousava. Do avião da companhia Nacional descia um homem que, em breve, se tornaria lenda na cidade: o Tenente Pedro Ferreira dos Santos.* 


Ele não veio sozinho. Trazia consigo uma equipe pequena, mas formada por policiais destemidos, prontos para enfrentar qualquer desafio. Mal colocou os pés no chão, e já deixou claro seu propósito: limpar Valadares do crime que, sorrateiramente, tomava conta de suas ruas.


Pedro não tinha medo. Diziam que ele se disfarçava para capturar bandidos, aparecendo de repente em becos, bares e esquinas. Muitos marginais tremiam e até mijavam nas calças só de ouvir o seu nome. E não era à toa. Em poucos meses, crimes obscuros foram solucionados, assassinos presos e mandantes — que se escondiam atrás da aparência de “homens de bem” — foram desmascarados.


Era como se o delegado fosse onipresente. A qualquer hora, de dia ou de noite, podia surgir para encarar o criminoso de frente. Em 1951, seus méritos o levaram à promoção a Capitão. E foi assim que nasceu a lenda: Capitão Pedro, o imbatível, a muralha contra o crime.


Mas Pedro queria mais do que prender criminosos. Ele sabia que Governador Valadares precisava de uma força policial mais forte. Na época, a cidade dependia de um destacamento subordinado ao distante 3º BI, em Diamantina. Com relatórios precisos e visão estratégica, convenceu o então governador Juscelino Kubitscheck da importância geográfica e econômica de GV. O resultado foi histórico: o 6º Batalhão foi transferido de Belo Horizonte para a cidade, mudando para sempre a segurança local.


Anos depois, já Coronel Pedro Ferreira dos Santos, ele fez de Valadares seu lar. Criou raízes, construiu amizades e deixou uma marca que nem o tempo apagou. Em 1974, decidiu se aposentar, recusando convites para continuar. Dizia sempre:

"Há a hora de chegar e o momento de sair."


E assim, a cidade se despediu de seu maior guardião. Até hoje, quem viveu aquela época se lembra: em Governador Valadares, no tempo de Capitão Pedro, bandido não tinha vez.


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