Crítica à Inércia na Luta pelo Vale-Alimentação e Perdas Inflacionárias
A atuação dos representantes classistas tem gerado crescente insatisfação entre os militares, especialmente no que diz respeito às pautas do vale-alimentação e da recomposição das perdas inflacionárias. Embora líderes políticos, chefes, diretores e comandantes afirmem que a implementação do vale-alimentação depende exclusivamente do governador, é questionável o fato de nunca terem promovido ou sequer solicitado audiências públicas, reuniões com líderes do governo ou debates específicos sobre o tema com associações, sindicatos e deputados apoiadores.
Outro ponto controverso é a proposta de estender o vale-alimentação a veteranos e pensionistas, algo que, legalmente, parece inviável, visto que esse benefício é destinado a quem exerce atividades externas. Essa falta de conexão com a realidade legal e administrativa levanta dúvidas sobre o verdadeiro compromisso com as demandas da categoria.
Além disso, a promessa de recomposição das perdas inflacionárias soa ilusória, considerando que o Regime de Recuperação Fiscal (RRF) já está em vigor, inviabilizando medidas desse tipo. Muitos veem essas promessas como estratégias para agradar aposentados e pensionistas, enquanto os militares ativos permanecem desassistidos.
A ausência de ações concretas, como audiências públicas ou pressões efetivas junto ao governo, reforça a percepção de uma postura apática diante das reais necessidades da classe. É urgente que as demandas de TODOS os servidores da segurança pública sejam tratadas com seriedade e transparência, sem falsas promessas ou prioridades que aprofundem a divisão entre os integrantes da categoria.
A renovação de lideranças e o aumento de atitudes efetivas são indispensáveis para fortalecer a segurança pública em Minas Gerais.
Débora Nascimento
Seguidora