sexta-feira, 26 de maio de 2023

 


O tamanho do possível reajuste nos salários dos servidores públicos de Minas Gerais está condicionado a estudos técnicos da equipe econômica do governador Romeu Zema (Novo). Nesta sexta-feira (26), a secretária de Estado de Planejamento e Gestão, Luísa Barreto, disse que o Palácio Tiradentes ainda não concluiu a fase de debates a respeito do espaço orçamentário para os aumentos.


Ela não crava data para o envio, aos deputados estaduais, do projeto de lei (PL) para autorizar o crescimento dos vencimentos.


“O governo permanece em estudos e avaliação do que será possível, e se será possível, estabelecer em termos de recomposição salarial aos servidores”, esquivou-se, após entregar, à Mesa Diretora da Assembleia Legislativa, texto que pode viabilizar o retorno do pagamento de benefícios mensais a servidores que atuaram na extinta MinasCaixa


Como já mostrou a Itatiaia, o governo Zema analisa a possibilidade de conceder aumento de 5,8% aos servidores neste ano. Aos profissionais da educação, o índice de reajuste seria de 12,84%. 


Luísa Barreto, por sua vez, não estipulou os percentuais de reajuste. “O governo sempre se posicionou — e continuará se posicionando — para adotar as medidas dentro da realidade financeira do estado. É a avaliação que estamos fazendo”, afirmou.


Segundo a secretária, o governo pretende encerrar a análise da viabilidade do reajuste “no menor prazo possível”.


Forças de segurança


Paralelamente aos estudos econômicos do governo, lideranças das forças de segurança tentam pressionar a administração pública por um reajuste maior do que os possíveis 5,8%.


O Partido Liberal (PL), segunda maior bancada da Assembleia, com nove deputados, está na base aliada a Zema. Quatro dos liberais são ligados às pautas da segurança.


No ano passado, o governo concedeu reajuste geral de 10,06%.