Instruções virtuais, presença obrigatória: realidade em várias unidades da PMMG
Diversas unidades da Polícia Militar de Minas Gerais têm adotado, nas últimas semanas, a substituição das instruções presenciais por palestras virtuais. No entanto, em algumas dessas companhias, os militares continuam sendo convocados a comparecer fisicamente ao quartel para acompanhar conteúdos que poderiam, tecnicamente, ser assistidos de forma remota.
Essa exigência tem gerado debate entre os profissionais da ponta da linha, especialmente entre aqueles que precisam percorrer longas distâncias — muitas vezes 60, 70 ou até 80 quilômetros — apenas para assistir a vídeos ou transmissões que estariam acessíveis de suas próprias residências, sem prejuízo ao aprendizado.
Enquanto algumas unidades já flexibilizaram essa prática, permitindo que a instrução seja acompanhada de casa, outras mantêm a obrigatoriedade da presença física, alegando questões administrativas ou de controle.
A divergência de procedimentos tem levantado questionamentos sobre padronização, custo-benefício, qualidade de vida e saúde mental dos profissionais. Em tempos de avanços tecnológicos e debates sobre bem-estar na segurança pública, a forma como essas decisões são conduzidas pode impactar diretamente a motivação e o equilíbrio da tropa.
