Militares questionam supostos reflexos de ações judiciais em suas avaliações e promoções
Cresce entre policiais e bombeiros militares a percepção de que aqueles que ingressam com ações judiciais contra o Estado ou contra o IPSM estão sendo silenciosamente penalizados em suas Avaliações de Desempenho (ADEs) e processos de promoção. Mesmo com conduta exemplar e ficha funcional impecável, muitos relatam notas abaixo do esperado, estagnação nas carreiras e a sutil exclusão de oportunidades.
O mais alarmante é que, diante desse cenário, diversos militares estão abrindo mão de buscar seus direitos na Justiça por medo de represálias institucionais, optando por engolir ilegalidades e omissões para não comprometer seus avanços profissionais.
Se essas denúncias forem confirmadas, o que está em curso é um grave ataque ao Estado Democrático de Direito, onde servidores públicos — que juraram proteger a sociedade — passam a ser tratados como subcidadãos dentro da própria estrutura estatal. Ser penalizado por exercer o direito constitucional de recorrer ao Judiciário não é apenas injusto: é uma perversão autoritária digna de regimes que ignoram a legalidade e a dignidade humana.
O silêncio institucional diante desse tipo de prática, se comprovada, é tão cúmplice quanto quem pratica a retaliação. A justiça não pode ser moeda de troca. E a promoção não pode ser usada como chantagem velada.