A crise na Polícia Penal de Minas Gerais atinge mais um nível alarmante. Policiais de unidades pequenas, como as de Santa Luzia e Lagoa Santa, estão sendo obrigados a realizar escoltas hospitalares de presos oriundos do Ceresp Gameleira, da 1ª RISP, em Belo Horizonte.
O problema é que essas cidades já enfrentam um grave déficit de efetivo. Mesmo assim, seus policiais estão sendo deslocados para hospitais da capital, percorrendo longas distâncias e assumindo responsabilidades que deveriam ser da unidade de origem dos custodiados. O resultado é o desfalque na segurança local, acúmulo de serviço e profundo desânimo da tropa.
Segundo relatos, a falta de planejamento e de contingente está empurrando para as costas dos policiais uma carga cada vez mais insustentável. “Estamos sendo usados como se fôssemos peças descartáveis. Quem cuida da segurança da nossa cidade enquanto estamos em BH?”, desabafa um servidor que pediu anonimato.
A situação expõe não apenas a precarização das condições de trabalho, mas também o descaso com a saúde mental e física dos profissionais da segurança pública. O sistema está à beira do colapso, e a sensação nas bases é de total abandono.
A pergunta que fica é: até quando a tropa vai pagar a conta da má gestão?