A propaganda de Matheus Simões, atual vice-governador e pré-candidato ao governo de Minas em 2026, é um retrato fiel da hipocrisia e do vazio moral que tomou conta deste governo. Tenta vender um estado fictício, próspero e bem administrado, enquanto a realidade grita nos corredores lotados dos hospitais, onde pessoas agonizam à espera de um leito, crianças morrem por falta de UTI e famílias enfrentam o descaso de um poder público que virou as costas para a dor do povo.
Matheus Simões tem a audácia de brincar com a miséria coletiva — inicia sua propaganda se passando por “Dr. Jorge”, numa encenação grotesca e debochada, zombando da credulidade do trabalhador mineiro que luta para sobreviver com salários defasados e serviços públicos sucateados. É a teatralização da mentira institucionalizada: fingir empatia diante das câmeras enquanto o estado real apodrece longe das lentes.
Enquanto isso, a segurança pública clama por valorização, os policiais — heróis anônimos — seguem de chapéu na mão pedindo o mínimo: respeito e salário digno. Os professores continuam desvalorizados, as escolas desabando, e os hospitais se tornaram depósitos de sofrimento humano. Mas, para esse governo, o importante é o marketing. Em vez de erguer hospitais, preferem construir narrativas; em vez de pagar servidores, preferem pagar agências de publicidade; em vez de cuidar de vidas, cuidam da própria imagem.
Matheus Simões e Zema transformaram Minas em um palco onde a propaganda é a única obra concluída. É o governo da maquiagem, da farsa institucional, do brilho falso que tenta encobrir a ruína. E o povo mineiro, cansado de tanto teatro, saberá dar sua resposta nas urnas — porque quem governa com mentira, um dia cai pela verdade.
