*É grave a ausência do Estado no sistema penal*
*É grave a ausência do Estado no sistema penal*
_Denúncias por assédio moral aumentam e alta chefia não tomam atitudes para coibir as ações_
https://colunaluiztito.com.br/opiniao/e-grave-a-ausencia-do-estado-no-sistema-penal/
*Governo Zema é acusado de compactuar com assédio moral na Polícia Penal de Minas Gerais*
Diretor regional da 15ª RISP acumula denúncias graves de assédio, perseguição e abuso de poder; servidores apontam omissão do Estado e exigem providências
Teófilo Otoni (MG) — Servidores da Polícia Penal da 15ª Região Integrada de Segurança Pública (RISP), com sede no nordeste de Minas Gerais, denunciam uma série de episódios de assédio moral institucional e perseguições sistemáticas por parte da chefia local. Os casos, segundo relatos de servidores, que tem medo de revelar a identidade, envolvem diretamente o atual diretor regional, que permanece no cargo apesar de um histórico alarmante de acusações.
Segundo relatos, uma das vítimas, Policial Penal e irmã do atual vice-prefeito de Teófilo Otoni, teria sofrido assédio moral recorrente dentro das dependências da 15ª RISP. Segundo relatos, ela foi alvo de perseguições, isolamento no ambiente de trabalho e recebeu uma nota indevidamente baixa em sua avaliação de desempenho — conduta vista por colegas como retaliação direta. Atualmente, encontra-se em tratamento psicológico e psiquiátrico.
O mais grave, contudo, é o perfil do atual diretor regional. Este já foi investigado por tortura e indiciado por lesão corporal. Foi acusado de ter coagido uma vítima de assédio sexual que denunciou um policial penal — supostamente amigo pessoal do diretor. Além de manobrar informações e manter no cargo, o seu amigo pessoal e Diretor Geral do Presídio de Jequitinhonha, que também é acusado de vários casos de assédio à Polícia Penais femininas. A permanência deste gestor, apesar do histórico, é vista por diversos servidores como um sinal claro de que o Governo Romeu Zema (Novo) tem se omitido diante de graves violações no interior do sistema de segurança pública.
_”O que está acontecendo na 15ª RISP é um escárnio. A permanência desse diretor regional é um desrespeito às forças de segurança por parte do governo estadual. Estamos sendo silenciados, expostos, e tratados como descartáveis”,_ declarou um policial penal, que preferiu o anonimato por medo de represálias.
O Departamento Penitenciário de Minas Gerais (Depen-MG) e a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (SEJUSP) não se pronunciaram de forma efetiva ou abriram sindicância pública para apurar os casos. A omissão das autoridades estaduais reforça, segundo os denunciantes, a sensação de impunidade e o aprofundamento da cultura autoritária dentro da estrutura prisional mineira.
Organizações de direitos humanos e sindicatos da categoria já começaram a mobilização para levar o caso ao Ministério Público e à Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Minas Gerais. Os servidores da segurança pública da região, neste momento, exigem respostas.
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