quarta-feira, 17 de dezembro de 2025

 


A pesquisa Quaest apenas oficializa aquilo que já é perceptível fora das bolhas de marketing: Zema não cresce, não empolga e, sobretudo, não vira voto. Sua pretensa projeção nacional inexiste porque lhe falta o elemento básico de qualquer liderança política séria — densidade. Zema é um personagem inflado por propaganda, mas oco de ideias, incapaz de apresentar um projeto de país, de Estado ou mesmo de futuro.


No plano nacional, é um completo desconhecido. Não por injustiça do eleitor, mas por absoluta irrelevância política. Não lidera debates, não formula propostas estruturantes, não enfrenta temas complexos. Vive à sombra de slogans simplificados, vendendo eficiência gerencial como se governar fosse administrar um balcão de negócios, quando, na prática, o que se vê é um governo refém do marketing e incapaz de entregar resultados concretos.


Em Minas Gerais, a realidade é ainda mais constrangedora. A dívida pública explode, os serviços públicos se degradam visivelmente e o funcionalismo é tratado como inimigo interno, alvo permanente de ataques, arrochos e discursos moralistas. Hospitais sucateados, educação precarizada, segurança tensionada — e, diante disso, o governo responde com peças publicitárias, vídeos ensaiados e narrativas fabricadas. É a eficiência do PowerPoint aplicada ao fracasso administrativo.


Zema governa para a propaganda, não para o povo. Seu projeto político se resume a parecer eficiente, não a ser eficiente. É o culto à estética do gestor moderno escondendo a ausência completa de visão estratégica, sensibilidade social e responsabilidade institucional. Quando o marketing cai, sobra o vazio — e é esse vazio que a pesquisa Quaest escancara.


No fim, Zema não é vítima de perseguição, nem de falta de oportunidade. É vítima da própria incompetência política. Um produto mal-acabado do neoliberalismo de vitrine, sem densidade, sem liderança e sem legado. Um nome que já começa a ser varrido para debaixo do tapete da história política não por conspiração, mas por irrelevância.