Quando a voz da tropa é silenciada: a escolha ignorada pelo comando
Em um momento de grande expectativa e simbolismo para a Polícia Penal, a tropa do COPE (Comando de Operações Penais) reuniu-se para definir, com unidade e orgulho, o nome que representaria oficialmente o Comando Especial da instituição. A escolha, fruto de debates internos e consenso entre os operadores de elite, não foi apenas uma formalidade — foi uma afirmação de identidade, honra e pertencimento à missão constitucional que exercem com coragem.
No entanto, em um gesto que surpreendeu e frustrou toda a categoria, a direção do DEPEN optou por impor, de forma unilateral, um nome diferente, alicerçado em critérios meramente políticos e governamentais. Tal decisão desconsiderou completamente a vontade da base operacional, ferindo o princípio do respeito institucional àqueles que arriscam suas vidas diariamente na linha de frente do sistema prisional brasileiro.
A escolha imposta não foi apenas um desacordo de nomenclatura. Foi a negação do reconhecimento à autonomia profissional e ao espírito de corpo que a tropa do COPE representa. Para muitos, essa decisão revela o distanciamento entre quem comanda dos gabinetes e quem atua nas muralhas, nas operações de risco e nos corredores das unidades mais críticas do país.
A tropa do COPE seguirá firme, como sempre esteve. Mas não esquecerá esse episódio — não por vaidade, mas por justiça e memória. O nome escolhido pela tropa permanecerá vivo entre os irmãos de farda, como símbolo da resistência silenciosa daqueles que não foram ouvidos, mas que nunca deixarão de lutar.