quarta-feira, 7 de maio de 2025

O silêncio da gestão e o grito de socorro das famílias




O silêncio da gestão e o grito de socorro das famílias

Algo muito sério está acontecendo dentro de algumas unidades do CTPM que deveriam ser modelo de disciplina, ética e formação cidadã. Nos últimos dias, relatos de pais e responsáveis têm se multiplicado, apontando sinais de adoecimento emocional entre adolescentes antes felizes, participativos e motivados.

Hoje, esses jovens se mostram apáticos, chorosos, com alterações no apetite, aversão ao convívio familiar e, em alguns casos, desenvolvendo comportamentos de isolamento e agressividade. Psicólogos e terapeutas têm sido acionados com frequência. Muitos já consideram mudar os filhos de escola — uma decisão dolorosa, mas que surge como alternativa à manutenção da saúde mental dos estudantes.

“Ele sempre amou ir à escola, era uma criança alegre. Agora chora, se recusa a sair do quarto e não fala com ninguém.”

“A psicóloga está tentando ajudar, mas disse que talvez eu tenha que transferi-lo.”

O que se ouve entre os responsáveis é que o ambiente escolar deixou de ser acolhedor. Entre os pontos mais citados estão a aplicação excessiva e, muitas vezes, desproporcional de FRDs, ameaças constantes e falta de sensibilidade na condução pedagógica. A gestão, segundo pais ouvidos, não se mostra disposta ao diálogo — e, em alguns casos, a resposta ao sofrimento relatado tem sido resumida a um duro: "Não está satisfeito? Tira da escola."

Essa postura, atribuída à atual gestão de uma das unidades, evidencia um desalinho com os princípios básicos da educação. Instituições escolares públicas, especialmente vinculadas à tradição da Polícia Militar, foram construídas com o suor, confiança e participação de inúmeras famílias. Não pertencem a gestores de ocasião.

Vale lembrar que o comando dessas instituições muitas vezes é exercido por oficiais já aposentados, reconvocados voluntariamente ao serviço. Se tais gestores, funcionários ou responsáveis por setores administrativos demonstram indisposição para lidar com as demandas da comunidade escolar, talvez sejam eles que deveriam se afastar. O que se percebe é que aqueles que não demonstram compromisso com os princípios que regem o Colégio — escuta, humanidade, responsabilidade — dificilmente farão falta.

Este caso já foi formalmente levado ao conhecimento do Comandante-Geral da PMMG, Coronel Frederico, que tem se mostrado respeitoso e sensível às demandas recebidas. Em contrapartida, outros comandantes, jamais se dignaram a responder qualquer solicitação vinda das famílias — um silêncio que diz muito.

A comunidade escolar não exige privilégios, mas respeito. Pais e mães estão pedindo socorro, e esperam que os que têm voz e poder dentro da estrutura institucional saibam escutar — e, sobretudo, agir.


Temos os prints de grupos com as denúncias, foram anexadas e encaminhadas ao CGPM






Agradeço, Cel Fred, por se dispor a averiguar a situação do CTPM e pela atenção especial ao tema. A omissão da Diretoria de Educação Escolar (DEE) tem causado apreensão entre pais e militares, que esperam providências diante das denúncias. Tenho certeza de que sua intervenção trará esclarecimentos e avanços

Mas ouça tambem os pais.

Seguimos à disposição.


A T E N Ç Ã O


Gente, pelo amor de Deus, não são todos os CTPMs que têm problemas. Nem tudo é culpa do colégio, nem tudo é culpa do aluno. Se você e seu filho gostam, são bem tratados e estão adaptados ao colégio, ótimo, parabéns — minha filha também está. Mas o CTPM é uma grande rede, com milhares de alunos. É claro que há questões a serem resolvidas. Se está tudo bem para você e seu filho, que lindo. Mas para muitos, não está. Tem gente mais preocupada com a imagem do colégio do que com os alunos. Pode deixar que já encaminhei ao CGPM as demandas, pois parece ser o único com interesse em ao menos ouvir e entender do que se trata. Se você não sabe, não tem informações, não julgue. Pais e alunos de algumas unidades já estão sofrendo demais. Seu julgamento é seu achismo nesse momento, é desnecessário. Tenha um pouco mais de empatia.



Temos uma rede orgânica de profissionais de excelência que precisa ser mais valorizada e utilizada. Além de contar com custos significativam...